sábado, dezembro 31, 2005

Um é Fixe, o outro é Cool...que giro!!



Não sei quem é o responsável pelo MP3, uma sigla sem dúvida original, mas não deve ter compreendido que as pessoas com menos de dezoito anos não podem votar.
Cavaco é Fixe! Mário é Cool! Então e os outros? São o quê?

(aceitam-se sugestões...o autor da melhor recebe como prémio um fantástico chupa-chupa igual ao do Marito)

sexta-feira, dezembro 23, 2005

Toca a levantar, temos um país para endireitar



Eleitoras e eleitores

Hoje acordei com um pressentimento!
Sei que é sexta-feira 13 e não quinta-feira 12 ou sábado 15!
Sei que hoje é um dia de azar, mas não é um dia de azar, é o dia em que as outras candidaturas têm o azar de me ter como rival, porque quer eu queira ou não queira, serei eleito presidente de Portugal!

Eu queria parar! De vários quadrantes políticos vieram-me pressionar, os orgãos de comunicação social tentaram-me ridicularizar, inventar escândalos etc, mas o enorme movimento que se gerou à minha volta disse “Não! Vieira és o nosso campeão!”

Eu sei que o campeonato ainda mal começou, mas o dever de um campeão é um e só um: ganhar! Porque na política não basta ser candidato, é preciso também saber lutar! E à minha volta o que vejo? Candidatos? Podem ser bons, podem ser bem intencionados, mas não passam de amadores. E amadores não ganham campeonatos!

Eleitores e eleitoras, eu hoje acordei. Não, não foi só um pressentimento ou um sonho. Podia ser um sonho, mas os sonhos não passam de sonhos. Eu acordei com a certeza, a absoluta certeza de que serei eleito. Para muitos isto pode parecer absurdo, para quase todos isto é incompreensível. Mas, pensem bem, talvez a verdadeira razão seja essa, e faço minhas palavras que alguém aplicou a Cristo: eu serei eleito porque é absurdo, eu serei presidente mesmo se isso é incompreensível. Eu serei o vencedor à boca das urnas por mais que seja improvável! Não queremos beber do esgoto, queremos água potável!

Eu não quero um povo adormecido. Eu não quero uma população viciada em concursos na televisão. Eu não quero um povo com falta de imaginação. Eu quero ser presidente de um povo inteligente! Sei que não será fácil, sei que isto é um começo, mas não podemos perder tempo. Por isso é sem rodeios e meias-medidas que proponho, não num futuro longínquo, mas para já, a elevação do coeficiente de inteligência dos portugueses e portuguesas para níveis jamais imaginados. E depois não nos venham falar de atrasos “estruturais” e coisas que tais. Ao nosso lado os nossos parceiros europeus terão a modesta prestação de atrasados mentais! Já lhes comemos as papas! Ao ser eleito presidente cada português será transformado, nada mais, nada menos, no génio a que sempre teve direito.

Portugueses, em pé! Assim é que é!

Temos tido presidentes, que, mais que os governos, têm sido competentes. Isso é bom! Dou-lhes os meus parabéns! Mas será que isso chega? será que os admiráveis discursos desses senhores fazem bater os nossos corações? Será que alguém precisa dessa retórica que o estado publica em grossos volumes e que os contribuintes pagam e ninguém lê? Portugal precisa de mais, de muito mais, e não de presidentes virtuais.

Os políticos vêm, e com razão, queixar-se da abstenção, mas há uma vontade que ou não cabe nos partidos ou os partidos não querem que ela caiba neles, porque estão acomodados na valsa lenta dos cargos. É o que eles dizem sempre que estão na oposição. Não preciso de o repetir. E sobre desgraças destas não vale a pena derramar lágrimas. O melhor é desatarmos a rir! Por isso eu vos peço, e sei que não é em vão. É tempo de dar expressão à abstenção: acabou a brincadeira, votem vieira!

Eu hoje acordei com um país torto. Acordei com o Zé a bocejar ou a dar um arroto. Mas o Manel que há em mim não deixará as coisas continuar assim. Se Portugal está torto, toca a levantar: temos um país para endireitar. E só há um endireita nesta maratona eleitoral, é escusado apontar dedos para o ar!
Chega de canseira: vieira, vieira, vieira!

E basta de impotência, vamos lá a ser uma super-potência!

Os partidos são importantes para a democracia, são uma espécie de mal menor para não reinar a confusão. Mas um presidente não precisa de filiação para nada. Aliás, como pode um presidente com cartão partidário ser o presidente de todos os portugueses? Será verdadeiramente? Ou será presidente um bocadinho mais para uns do que para outros? Ou será um presidente para si, para o seu egoísmo politico. Eu não quero ser presidente pelo poder nem para alguém favorecer. Não precisam de temer! Eu serei presidente porque tenho essa vocação. O resto é ilusão!

Um candidato que quer ser presidente de todos os portugueses e que venha de algum partido não é carne nem é peixe. É um híbrido. É um animal de estimação. É um pokemon. Eu vou apanhá-los todos. Eu vou até ao fim!

Não há quem não queira Vieira na cadeira!

Quando olho para os meus rivais o que é que eu vejo? “clones”! Só a máscara é diferente. E depois dão o melhor de tudo para marcar as diferenças, fingem-se inconformistas e dão chochos nas feiras, como se isso marcasse alguma diferença no “replay” do filme eleitoral. Nós não precisamos de marcar a diferença. Antes de eles serem iguais a eles mesmos já nós éramos diferentes. Nós até preferíamos ser parecidos com eles porque era capaz de ser divertido. Mas não é possível, e agora é tarde de mais!
Chega de falsa diferença, queremos Vieira na presidência!

Diz-se que os portugueses são pacientes. Que sabem esperar. Que devagar se chega ao longe. Mas a história tem provado que até o saber popular está errado. Comigo o país ira para todo o lado. Comigo o tédio vai acabar. Comigo a corrupção não se salva nem a nado. Portugueses e portugueses habituem-se desde já ao inesperado! Acabou-se a feira: votem Vieira!

Por isso só vos peço uma coisa. E o que vos peço é o melhor que se pode pedir: coragem! Esqueçam os vossos preconceitos, as vossas dúvidas, as vossas reticências. Coragem! Votem em mim! Porque esta candidatura já cava a sepultura da estupidez, e comigo na presidência devolverei aos portugueses a inteligência de vez.

Coragem mais uma vez!
Não tenham medo!
Sejam verdadeiros!
Sejam espontâneos!
Sejam portugueses!
Votem sem canseira, votem Vieira!

quarta-feira, dezembro 21, 2005

Passagem de Ano com o Dr. Mário Soares


Com música popular portuguesa e africana.
Inscreva-se já!
Baile Popular, dia 31, no Mercado da Ribeira, Av. 24 de Julho, Lisboa. À meia-noite - passas, bolo-rei e espumante.

Já dizia o Jorge Palma: Deixa-me rir...

sábado, dezembro 17, 2005

Almerindo meets Low

Foi numa das noites que tudo aconteceu. Estava eu com o Almerindo no Bairro Alto, numa daquelas noitadas de copofonia com um faducho à mistura na Tasca do Chico, quando, já perturbado com o ar do meu velho amigo, inquiri:
Porquê tão façanhudo,
meu caro Gudalberto?
Se não o conhecesse,
Diria que anda em maré de aperto...
Ao que o Almerindo dá início a um desabafo tremendo, sempre com ritmo de fadista, cheio de histórias sérias e dignas de menção neste nosso-vosso cantinho reaccionário...

Esta é a história do Low
Indivíduo composto e de bom porte.
Alguns acessos de desnorte
E pelo estilo gueto embalou.

Ele até era bom rapaz
Mas uma imaginação surpreendente
Fez do avô herói de guerra – da avó mulher tenaz...
Dele, só mesmo comediante incapaz.

Senhoras primeiro que é assim que deve ser.

Calcorreava a vila a avó do Low
Passa um gândulo que pela mala dela puxou.
Mas como o Low tanto frisa,
No fim de contas não a assaltou.

Senhora idosa mas rija e tesa
Contribuíu para um belo quadro:
Conta o Low que se agarrou à mala
E arrastada foi 500 metros pelo drogado...

Já o avô é um milagre da natura
Com alguns anos a dever à sepultura
Uma vez que na 1ª guerro lutou com amor
E na 2ª ficou de fora com muito ardor..

(e ainda é vivo, verdade pura!)

Reza a história que da trincheira
Saíram avô e amigo pela calada..
Foram ao bunker dos alemães
E mataram todos à metralhada!

Como se para herói isto não bastasse,
Mais para a vitória aliada contribuíu..
Como se de um Rambo se tratasse
A metade os Alemães reduziu.

Estava ele e o amigo novamente na trincheira
Quando granada inimiga no colo lhe assentou.
Pegou nela e logo a devolveu àquele que a lançou...
(como noiva que atira o bouquet na boda...)
Bumm!...e matou a trincheira toda!

quinta-feira, dezembro 15, 2005

Saudoso Pipi

Confiada a Aquiles por Febo Apolo
Fosse a fornicação missão divina
À pichota grega, mole serpentina
A usurpava decerto meu tarolo

Sugou tetas de Tétis, não é tolo
O da pila veloz não recrimina
Sabe que o meu piço, seta ladina
Em qualquer cona ou peida posso pô-lo

Que nunca fenece a homérica tusa
Como sucede ao herói dos Aqueus
Mesmo entesado co'a formosa musa

Não dá mais que uma (contou-me Zeus)
Já o meu madeiro é plural, qual Medusa
De cobras vesgas que levam aos céus

terça-feira, dezembro 13, 2005

Agora compreendo...



...a existência deste cartaz!



Dá-lhe Manel!

"Ninguém é dono da República, ninguém é dono dos votos. Mário Soares não quer que eu saia do Partido Socialista, quer que eu saia da candidatura. Mas eu não vou sair nem do PS nem vou sair da candidatura."

Manuel Alegre em Aveiro

sexta-feira, dezembro 02, 2005

"Eu é que sou o Manuel Alegre."

Ele está de volta. Manuel João Vieira quer candidatar-se à Presidência da República, mas garante que só avançará se tiver 7500 assinaturas. Depois de, em 2001, ter ficado pelo caminho porque o Tribunal Constitucional "não quis reconhecer" as assinaturas apresentadas - segundo a sua candidatura "com o pretexto pouco desportivo de que 7500 assinaturas feitas pela mesma pessoa não tinham validade" -, o "candidato" Vieira pede agora aos portugueses que dêem uma oportunidade "a este País" e subscrevam o seu nome para a corrida a Belém. "Se não assinarem recuso-me terminantemente a candidatar-me", garante.

No lançamento da candidatura, que decorreu ontem ao final da tarde no clube nocturno Maxime, em Lisboa, Manuel João Vieira afirmou que tomou novamente a decisão de avançar face às "condições catastróficas destas presidenciais" de 2006.

A saber "Mário Soares e Cavaco Silva são os responsáveis pelo estado do País." Que até "podia ser pior" - "olhem a Guiné- Bissau" -, o que é razão bastante para Manuel João Vieira dizer que até gosta dos dois candidatos. Dar--lhes o voto é que já é outra história - "Eu também gosto e tenho admiração pelo D. Afonso Henriques, pelo Viriato e pela Torre dos Clérigos, mas não vou votar neles." E uma farpa a sério: "A política não deve ser feita por dois ex-políticos."

Apesar destas palavras, e a par com Cavaco Silva, um dos principais alvos do discurso de Vieira (do primeiro, já que houve um segundo que versou sobre uma conspiração internacional contra Portugal) foi Manuel Alegre. Primeiro, numa referência indirecta, ao referir-se ao "leque colorido de candidatos presidenciais apoiados pelas estruturas partidárias" - mesmo os que dizem que não, "mas não podem porque são apoiados por uma facção muito grande dentro do partido". Depois, de uma forma muito directa "Eu é que sou o Manuel Alegre, primeiro porque sou Manuel e depois porque sou muito alegre."

Já sobre objectivos para o País, o protocandidato não se alongou, afirmando que quer pôr Portugal "na primeira linha das superpotências do sistema solar" e , para além disto, emendar umas "pequenas coisas que devem ser rectificadas". Para o que o candidato diz querer também avançar para a formação de um partido que "seja mais como a malta quer".

Já quanto aos slogans , depois do "se ganhar, obviamente demito-me" de 2001, agora multiplicaram-se e versam qualquer coisa como isto "Basta de políticos de carreira, votaVieira; Não faças asneira, vota Vieira; Queres dinheiro na algibeira, vota Vieira; Já os conheces de gingeira, vota Vieira."

Candidato, mas não muito. Vocalista dos Ena Pá 2000, Manuel João Vieira repete agora o que fez já nas eleições presidenciais de 2001, altura em que chegou a promover algumas iniciativas de pré-campanha - então sob o lema "só desisto se for eleito" e num registo de total nonsense, que ontem repetiu perante uma plateia de algumas dezenas de pessoas. E que promete manter, mas desta vez afirmando que não quer ficar pela pré-campanha, ainda "que seja difícil recolher assinaturas e seja chato para os cidadãos".

Fonte: Diário de Notícias